quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Agora as noites são do papai – nosso desmame noturno

Mamando com 1a6m. Preciso fazer uma foto mais recente desse momento!

A palavra desmame sempre me deu arrepios. Uma porque o Pedro sempre solicitou o peito, seu direito adquirido desde que era um girino. Outra que adoro amamentar e nunca me incomodei com as fases “ele só quer peito” “ele fica pendurado, só ‘chupetando’” – aliás, odeio esse termo. E mais outra porque não queria causar sofrimento para ele, nem ter que recorrer a acessórios artificiais.

Eis que engravidei com ele ainda mamando. Desde o comecinho já me via amamentando em tandem (o mais velho e o mais novo ao mesmo tempo – não, não faz mal para a mãe, o mais velho ou o mais novo. Pode ficar tranquila e esquecer o que diz a sua avó). Mas daí aconteceram muitas coisas nesse primeiro trimestre: durante o dia, que ficamos só eu e o Pedro, eu sentia MUITA fraqueza, enjoo e falta de ar. Devastador! Acabou que não aguentava ficar brincando ativamente com ele. Estava sempre do lado, mas não era aquela companhia a que ele estava acostumado. Como não estava aguentando nem comigo, parei de oferecer o peito. Porque livre demanda é atender as solicitações do bebê, mas na prática a gente meio que oferece o tempo todo. Quando ele pedia, atendia, mas se não pedia, ficava na minha. Para ajudar, meu nervo ciático começou a reclamar enormemente quando segurava o Pedro no colo (já perceberam que minha coluna/nervos não curtem gravidez né?!), então até agora, quase não o seguro. Abraço, fico perto, mas sentada. O que foi bem difícil, porque ele queria dar uma voltinha no colo, chamava e chorava. Mas não tinha como =( Já que ele não encontrava parceria para as brincadeiras e para o colo na mãe, partiu muito mais para o lado do pai. Aumentou muitíssimo o vínculo com ele (ou grudinho, como chamamos carinhosamente).

Então na semana retrasada meus peitos deram uma super inchada (já tinha voltado ao tamanho de antes da gravidez) e, junto com isso, começou uma dor absurda enquanto o Pedro mamava. Durante o dia não tinha problema, porque a mamadinha era rápida, mas na noite, até pegar no sono pra valer, ficava naquela sucção bem leve e demorada e doíiiiiiiia. Não teve jeito! Falei pro marido que teríamos de adiantar os planos do desmame noturno. A primeira noite foi a do último sábado. Deitamos os três na minha cama. O Pedro no meio. Apagamos a luz e explicamos que era hora de dormir. Ofereci o peito, mas mamou só um pouquinho e começou a saracutear pela cama, como tem feito sempre antes de dormir. Quando pegou no sono, deixei os dois no meu quarto e fui para a cama de solteiro do quarto do Pedro (que não foi usado por ele até hoje). Durante a noite ele acordou umas quatro vezes e o marido precisou pega-lo no colo, andar e andar pelo quarto até que adormecesse. O dia tinha sido bem agitado, então acho que isso deixou a noite mais complicada. As seguintes foram mais tranquilas. Ele só deu uma resmungadinha, o Marcus passa a mão nele, faz SSHHHHHH e volta a dormir. Na terceira noite passei e não ficar no quarto nem para ele adormecer. Me despeço (com uma dorzinha no coração, preciso reconhecer) e vou para o outro quarto. Ele adormece só com o pai. Quando o marido está em casa na hora da soneca, também. Mas geralmente à tarde é comigo.

Estamos nessa rotina há quatro noites. Tem sido bem tranquilas. Pode ser que em algum momento de dorzinha ou outra necessidade, eu precise entrar em ação. Ou não. Tudo está fluindo de uma forma incrivelmente tranquila. O próximo passo é comprar uma cama de casal para o quarto do Pedro e os dois passarem a dormir lá. Dessa forma, quando a Elis nascer, ficamos eu e ela no meu quarto.
É importante frisar que apesar de ter feito tudo isso a partir do momento que a pareceu a necessidade devido à gravidez, só o fizemos depois de ouvir os sinais que o Pedro deu. Ele já não estava mais adormecendo no peito toda vez. Em algumas, nem pedia para mamar e durante a noite, quando acordava, a primeira coisa que fazia era sentar na cama e chamar pelo pai (apontava para porta no escuro). Também optamos por não abandonar a cama compartilhada. O Pedro dorme só comigo desde uns seis meses. Não seria justo simplesmente deixa-lo sozinho no quarto. Assim, o pai passar a ficar ao seu lado foi excelente para dar continuidade a essa presença. Um dia ele vai dormir sozinho. Um dia. Não estamos com pressa e esse será outro processo que vamos orientar de forma tranquila e respeitosa.

Daí que fiquei super feliz pelo nosso mocinho estar crescendo, ficar ainda melhor com o pai, só que só depois que fui me tocar: ele quase não está pedindo para mamar durante o dia. Tem dias que esquece totalmente. Logo, acho que o nosso desmame total está muito próximo. Fiquei triste! Não ligo para status de cargo, de dinheiro, de nada... Mas o status de lactante me faz um bem enorme. Tudo bem! Daqui seis meses começamos tudo outra vez. E se o Pedro quiser parar de mamar por enquanto e voltar depois que a irmã nascer, estarei aqui, com dois peitos. Um para cada um.

Um comentário:

  1. Oi Bruna!!! Adorei teu post! Aconteceu o desmame noturno de uma forma muito parecida com o Joaquim. No meu caso não foi por uma gravidez, mas pela cirurgia nas mamas. Ele dormiu com o pai por 6 noites, até que na sétima noite o pai não pode dormir com ele e eu achei que tudo estava perdido: fui dormir com ele, e ele não pediu peito, apenas se aconchegou no meu braço e adormeceu. A partir disso voltei a fazer CC com ele, e após a recuperação da cirurgia ofereci o peito a ele diversas vezes, pois tive leite por muito tempo ainda (mesmo hj, uns 3 meses depois, ainda sai um pouco) mas parece que ele tá bem resolvido com isso. A primeira vez que ofereci ele "guardou" na blusa de novo, e nas outras vezes ele beliscou, riu, beijou... mas nada de mamar! :( E também estou no planejamento de colocar uma cama de casal no quarto dele. Já faz algumas semanas que tenho pensado nisso. :) Bjos!

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