quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Zicas do começo

Quando mudei o status para “disponível” para engravidar do segundinho, esqueci como pode ser chato o início de uma gestação. Algumas coisas já tinha experimentado quando esperava o Pedro, outras não. As zicas atuais são:

- enjoo: como não poderia deixar de ser, né?! Começou de leve, tomar um limãozinho dava conta, mas agora não tem mais jeito. Acordo e a primeira coisa a fazer é tomar o remédio. Tem dia que dá conta numa boa. Tem dia que vai piorando com o passar das horas. Um horário que sempre me revira o estômago é de madrugada. Bem naquelas horas que o Pedro resolve acordar para mamar, eu preciso dar aquele pulinho no banheiro e blerght! Não, nunca cheguei a vomitar. Mas fica bem ruim. Da outra vez passou junto com o início do segundo trimestre. Estou na torcida com muita fé. E se antes dava para simplesmente ficar sem cozinhar porque o estômago não ajudava, agora tenho uma boquinha que precisa de alimentos frescos e saudáveis. Logo, contornar é preciso.

- fraqueza: não sei bem se é só fraqueza ou se é baixa glicemia e pressão, mas o fato é que se passo mais de 40 minutos sem comer alguma coisinha, o negócio vai ficando complicado. Esses dias acompanhei o marido numa consulta médica que estava marcada para 11h30. Comi iogurte, bolacha, frutas durante a manhã, mas a bendita atrasou quase uma hora, daí começo a falir. O Marcus fica desesperado, coitado!

- falta de ar: geralmente é assim: antes da refeição estou com um pouco de fraqueza, daí começo a comer e dá uma falta de ar monstruosa. Quanto maior a fraqueza, mais ar falta. É sempre nas refeições e fica entre moderada e forte. Sim! Grávidas geralmente tem falta de ar quando o bebê já está maior e comprime os órgãos, mas eu tenho desde a segunda semana =/ Diz que é hormonal e blá blá blá. O de sempre. Por increça que parível, mais pro fim da gestação, vai diminuindo. Amém!

- urticária: semanas antes de engravidar, estava fazendo uns tratamentos dermatológicos com cremes e pomadas diferentes. Acho que essa foi a porta que o meu corpo precisava pra zicar a pele. Já esteve pior. Pelo corpo inteiro. Começava e tinha vontade de coçar com um garfo O.o Mas diminuiu e está mais nas axilas que estão num grosseirão escuro de dar inveja. O que dá pra fazer? Passar creminho e esperar nove meses.

Mas a gente vai levando, né?! O que conforta é que tudo isso passa e o Pedro é sempre companheiro de todas as horas. Hoje cedo levantei meio malz e deitei no sofá, depois de um tempo. Ele veio me escalando e pedindo pra mamar. Ficou lá todo torto e todo fofo com carinha de “to aqui mãe”. Como não se derreter?


A propósito, ia começar a fotografar a barriga no fim de semana passado, mas estava tão ruim que acabei esquecendo. Mas estamos de 7 semanas, o segundinho já tem 1 centímetro e coraçãozinho que bate a 150bpm. Pura fofura =]

domingo, 10 de novembro de 2013

Como descobrimos

Leve mal estar, estomago muito louco, sem TPM. Grávida. Foi meio assim que descobrimos a segunda gestação. Na verdade, se as contas estiverem corretas (não lembro direito quando foi a última menstruação – nunca anoto essas coisas e depois me arrependo), já me sentia grávida na primeira semana. Nenhum “sintoma” era forte, mas já tinha alguma coisa diferente. Daí fiz um teste de farmácia, para tirar a dúvida. Mas acabei não usando o primeiro xixi do dia, que é mais significativo. Talvez por isso deu negativo. Mas ainda fiquei encucada. Dois dias depois, fiz o exame de sangue (o beta simples é quase o mesmo preço do teste de farmácia, na verdade valeria a pena fazer ele logo de cara, mas a farmácia fica há 2 quadras e o laboratório há 2 km de casa) e no dia seguinte veio o resultado: positivo.

O cenário é muito especial: levei o Pedro no laboratório comigo. Enquanto a moça colhia o sangue, ele ficava sentado na outra perna, só olhando tudo. O resultado saiu no dia seguinte, quando o marido estava viajando. Ficou sabendo por telefone. Mas esperamos ele voltar para contar para os familiares.

Se antes, a prioridade era a gravidez, na verdade a única coisa com que se preocupar... Agora dividimos a atenção com o baby, o Pedro e mil outras coisas. Sabe que é bom? Me sinto um pouco menos bitolada. Dou uma esquecidinha que estou gerando uma nova vida, na maioria do tempo. Isso acredito que seja mais por ainda não ter barriga. Afinal, estamos de 5 semanas e pouquinho. Para ser bem verdadeira, barriga tem, né!? Porque ainda tem resquícios da gestação do Pedro no meu abdome, mas não é aquela coisa redoooooonda.

Já contamos para o Pedro. Expliquei de várias formas. Ele não deu muita bola. Ainda é muito vago isso tudo para ele. Mas é fato: está um grudinho comigo! Ficamos juntos o dia inteirinho e ele sempre por perto. Literalmente na barra da saia. Pede bastante para mamar, pede presença, pede atenção e, só pra ajudar mais um pouquinho, acho que tem canino a caminho. Daí já viu...


Ah! Fizemos a primeira ultra sonografia ontem. Nosso segundinho é um mini cisco de 2mm, tão mini que nem deu para ouvir os batimentos cardíacos. Sábado que vem, repetiremos o exame.

Segundinho no forno


Desculpa o sumiço! Vocês vão entender que estava meio ocupada, se disser que estávamos fazendo muitas coisas, entre elas, encomendando a próxima cria ;) Pois é. Aconteceu e daquela forma que a gente está cansado de saber que acontece. Não foi planejado, mas como a gestação anterior, é muito querido.

É muito enriquecedor passar por essa experiência novamente, mas com um novo olhar. O lema agora é: não repetir erros! Tudo o que não foi do nosso agrado na vez anterior, agora será melhorado. Desde cuidados do pré natal até o parto. Sim! O parto! Para quem ainda acredita que parto normal após cesárea não pode acontecer, te digo que é mentira. Para quem disser que o tem um GO que disse que não pode, te digo que troque. Moça, teu GO é cesarista! Claro que tem a questão do tempo entre um nascimento e outro, as condições de saúde da mãe, mas aqui estamos falando de condições ideais, como a maioria das gestações.

Mas oi?! A pessoa acabou de anunciar a gravidez e já está discutindo o parto?

Desculpe atropelar os bois. Na verdade estou “gestando” este parto desde julho de 2011. Faz tempo! Ele já foi pensado, sonhado e a cada dia estamos mais perto dele. Agora temos um GO que teoricamente (porque não tem como colocar as mãos no fogo por ninguém, né?!) nos apóia verdadeiramente, uma equipe de profissionais que realmente estão comprometidos com a causa, e o mais importante: o nosso empoderamento. Sim! É difícil se empoderar, leva tempo. Às vezes você acha que já está pronta, mas não. Agora estou tranquila. Segura. Feliz. Consciente. Segunda gestação tem dessas... o que botava medo antes, agora não é mais um bicho de sete cabeças.

Mas é isso! Nos próximos dias volto aqui para contar as novidades. O marido anda sem saco para aguentar minhas gravidices, as amigas estão em outra vibe (só grávida aguenta grávida), menos uma que também está com o segundinho a caminho e realmente não dá para ficar relatando tudo na timeline. Um blog também é um diário. Então vamos usa-lo como tal.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Festa de 1 ano do Pedro

Como assim a pessoa passa cinco meses sumida e volta falando em festa de aniversário?

Pois é, gente! Muita coisa aconteceu nesse meio tempo. Entre as mais significativas, com oito meses vieram os primeiros dentinhos, Pedro começou a engatinhar e comer um pouco melhor, também.

Mas vamos ao que interessa: a festa!

O primeiro passo para qualquer evento é o orçamento e, neste caso, era baixo. Então optamos por fazer uma festinha bem simples, em casa mesmo, apenas para os avós e tios do Pedro, além de alguns amiguinhos bebês. Não chegou a trinta pessoas.

Tudo foi feito em casa. Da decoração à lembrancinha. Ou seja, a mãe aqui deu uma pirada, mas valeu a pena. O custo total da festa foi uns R$ 300, sendo que usamos ingredientes de qualidade. Queria opções para o cardápio que fossem mais saudáveis que as tradicionais frituras. Também queria atender diversos públicos presentes: onívoros, vegetarianos, aplvs e bebês. Usamos o mínimo de ingredientes industrializados e ainda investi um pouco mais nos doces, pensando nos adultos. Quatro meses antes começou a pesquisa por receitas que ficassem boas sendo feitas na véspera. Fui testando, fazendo ajustes e conversando com o pessoal da comunidade Festa Infantil Ecológica.  

*nossa festa não foi completamente ecológica, mas foi só o começo de uma mudança muito bem vinda. Foi nossa primeira festinha e pretendemos ficar cada vez mais "verdes" ;)


De decoração tinha bandeirolas de TNT coladas com cola quente fazendo zique zague pelo quintal, além de um varal com uma retrospectiva em fotos e bandeirolas atrás da mesa de doces. O convite foi feito pelo facebook e pessoalmente, afinal era só gente "de casa". Tudo com pouca firula. Se a questão é economizar tempo e recursos, dá pra sobreviver sem alguns detalhes.


Tudo começou às 16h30. Neste horário, bate sol na nossa garagem, então usamos uma cortina de TNT que já foi improvisada da nossa festinha de Natal. 

O cardápio foi o seguinte (para acessar a receita, clique sobre o título – senão este post ficaria imenso!):

Salgados:
Torta de abóbora com palmito (com e sem requeijão)
Torta de batata com frango (com e sem requeijão)
Torta de mandioca com carne seca (com e sem requeijão)
Escabeche de berinjela (feito pela sogra)
Torradas de pão branco caseiro (feito pela minha mãe)
Pão integral caseiro (feito pela sogra)

Os salgados ficaram sem uma foto boa. Aqui a mesa está começando a ser arrumada. Tudo foi identificado com plaquinhas simples, feitas com papel branco e coladas num palito de dente. Acho justo as pessoas saberem o que estão comendo ;)


Doces:
Brigadeiro de chocolate em barra com granulado de chocolatebelga (brigadeiro normal, mas ao invés de colocar chocolate em pó, usei chocolate meio amargo de barra. Para enrolar, o granulado especial que é chocolate de verdade e não uma massa com chocolate como os granulados tradicionais)
Suspiro (feito pela minha mãe)
Naked cake de creme com frutas vermelhas

Na pressa, acabei recortando as letras a olho. Daí ficou essa coisa linda aí. Na próxima, imprimo moldes.


Bebidas:
Suco de abacaxi de polpa
Suco de tangerina de polpa
Suco de uva integral não adoçado para bebês
Água
Refrigerantes

De lembrancinha, teve cookies de chocolate e de passas.

Refeição altamente sensorial ;)


Geral da festa. A maioria dos convidadinhos está na fase engatinhante-começando a andar. Então um pouco eles ficavam nos brinquedos e outro pouco, iam explorar o espaço. 


A semana do aniversário foi dividida assim:

Segunda-feira: revisão da decoração. 

Terça-feira: fazer as lembrancinhas. Aproveitei enquanto preparava o almoço e esqueci de diminuir o açúcar. Para o meu paladar, a receita original é doce demais e a intenção era fazer bolachinhas que pudessem ser oferecidas aos bebês. Mas foram açucaradas, mesmo! Os pais que decidissem depois. O Pedro curtiu, principalmente brincar de cavoucar o biscoito atrás da uva! Coloquei 10 em cada pacotinho e fechei com araminho colorido. Posteriormente, prendemos uma fotinha no fecho.

Quarta-feira: ficamos o dia todo em Maringá. Aproveitei para procurar frutas vermelhas para o bolo. Encontrei amoras e framboesas congeladas no Shinai (adoro aquele lugar!).

Quinta-feira: dia de fazer os bolinhos dos bebês, com bananas nanicas orgânicas e bem madurinhas que consegui na feira.Também fiz os doces.

Sexta-feira: o brigadeiro ficou muito apurado. Em ponto de rapadura, para ser mais exata. Tive que voltar no fogo com mais um leite condensado. Deu trabalho, mas amoleceu. Ainda assim, depois de enrolado, acabou ficando durinho demais. Era melhor ter feito outro. O docinho de banana não tinha sido programado, mas como sobraram bananas maduras, acabou saindo. Dia de preparar todos os recheios (o de frango e o de carne seca ficaram muito secos. Não gostei) e as tortas. Levou o dia todo, porque assei tudo num forno só. Recebemos ajudas valiosas para enrolar os docinhos e pendurar as bandeirolas. Assim, cuidei só da cozinha, mesmo. Também fiz uma receita do patê de cebola.

Sábado: pela manhã foi a hora de fazer os sucos de polpa (naturais ficam melhores, mas precisei buscar alternativas mais rápidas) que foram servidos em garrafas pet de refrigerante devidamente identificadas, cortar as tortas e deixar tudo nos pratos para servir. As tortas posaram na geladeira e depois ficaram em temperatura ambiente. A textura da massa ficou muito boa. Meu medo era que ficassem muito durinhas ou borrachentas, o que não aconteceu! Ainda pela manhã ficou tudo certinho. Colocamos uns tamames de EVA que tínhamos em casa e espalhamos alguns brinquedos do Pedro. Também alugamos uma piscina de bolinhas do Clube do Brinquedo da Vó Vinha, junto com um tapete e alguns cavalinhos de madeira, para dar um charme. Nem preciso dizer que uma piscina de bolinhas menorzinha, super aconchegante para bebês e sem o perigo de crianças mais velhas querendo disputar o espaço fez o maior sucesso. À tarde, colocamos tudo sobre as mesas e foi só esperar a hora da festa.

Fiz questão de contar como foi a semana inteira para dar uma ideia mais exata de como foi. Apesar que nem sempre foi tranquilo.O Pedro está numa época de sonecas bem irregulares e sempre deito junto com ele. Então tem dia que dorme de manhã, tem dia que dorme três horas e meia à tarde... uma loucura! Então tudo foi feito respeitando a necessidade dele. Nos dias “normais”, quando ele acorda da soneca da tarde, lá por 16h ou 17h, vou para a cozinha fazer alguma coisa. Então aproveitei essa quase rotina. Mas os dias que passei mais ocupada, sempre teve alguém brincando com ele. Ou o pai, ou o tio, os avós, os amigos, enfim... não acho que ele sentiu falta da mãe, porque estava numa folia só. Cansou, vinha, mamava, sonecava e voltava pra bagunça.

Valeu a pena? Muito!! Faria novamente? Certamente!!

Apesar de o espaço e as condições gerais limitarem bastante o número de convidados, é muito gostoso fazer a festa em casa. Dá uma trabalheira pra limpar tudo antes, depois, durante, tem que ter ajuda do marido, da sogra, da mãe, dos tios, do aniversariante. Mas foi uma delícia! O Pedro ficou super à vontade, apesar de ter dormido só um pouquinho antes. Fez festa, brincou com os amiguinhos, com os convidados... ah gente! Só coisa boa!!!