sexta-feira, 29 de junho de 2012

Super-recomendo: Cine Materna



Você gosta de ir ao cinema? Mães também. Você gosta de se sentir confortável no cinema? Mães também. Você gosta de assistir lançamentos? Mães também. A diferença entre você e uma mãe de neném (caso você não seja uma), é que é muuuuuuuuuito difícil ir a uma sessão normal, para não dizer impossível.


Mas daí, alguém teve a incrível ideia de fazer uma sessão para mamães, papais e seus filhotes de até 18 meses com a luz acesinha, ar condicionado coerente e espaço com trocador, fraldas, lencinhos, até absorvente de seio, tudo de graça e à disposição. Mais ou menos, o ingresso custou R$ 10,00. Assim é o Cinematerna.



Nossa primeira vez foi no dia do mesversário do Pedro, fomos no de Maringá, mas o projeto rola em todo o Brasi. Para saber mais é só ver aqui.

Assistimos Solteiros com Filhos. Tudo bem que quem tem filho vai se identificar bastante com o início, a loucura que vira a vida... só não pode gostar da parte que os pais brigam, hehehehe Mas nem todos os filmes seguem essa temática. O anterior foi Os Vingadores.

Tinha muitas mamães com seus filhotes. Engraçado que tinham uns três meninos, eu acho. O resto, tudo menina! A maioria com faixa na cabecinha com uma florzona. Muito fofo!

O Pedro se comportou muito bem, obrigada. Já chegou pra pouco papo. Queria mamar. Beleza. Daí ficou um tempinho sentado e troquei a fralda que estava cheia de xixi. Foi pro colo do pai. Voltou para o meu, mais mamadinha (como ele está enxergando mais, está bem difícil amamentar fora de casa, porque qualquer coisa rouba a atenção do rapaz. O resultado são várias mamadas curtinhas. É até melhor que assim tem menos chance de o leite voltar), cocozão. Troca a fralda. Ficou um tempão sentado no meu colo, assistindo o filme, babando loucamente nas mãozinhas e mais um cocozão! Ai gente, não é porque é de graça que precisa abusar também, né?! Mas o piá ainda não entendeu. Trocado. Foi pro colo do pai e capotou. Um chuchu!



O melhor de tudo é estar em um ambiente que o neném pode chorar, você pode ficar embalando o piá, pode amamentar, tudo numa boa, porque está todo mundo no mesmo barco, sabe?! Fora que você vê vários nenéns fofos, mais novos e mais velhos. Daí fica pensando como será o seu quando tiver uns meses a mais.

Depois da sessão, ficamos tricotando na praça de alimentação do shopping. Programinha delícia para a família inteira!

O projeto, em Maringá, é coordenado pela doula e educadora perinatal Patrícia Merlin e as fotos foram feitas pela Jéssica Alves.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

3 meses de Pedro



Amanhã, dia 28 de março, completamos 3 meses de Pedro nas nossas vidas. Além de parabéns pelo mesversário do filhote, é uma data muito importante. Chegar aos 3 meses tem muito significado para quem vem passando por tanta coisa pela primeira vez. Agora não temos mais um recém nascido em casa. Temos um bebê. Agora ele entra numa fase em que está um pouco mais preparado para o mundo exterior à barriga da mamãe. Agora muito do xororô já passou, mas novas sensações estão a caminho. Esperamos ansiosos, ainda mais porque estamos sentindo que cada dia [MESMO!] tem uma novidade e só vai melhorar.

O que temos de novo neste terceiro mês:

- descobriu as mãozinhas. Passa boa parte do dia com uma mãozinha segurando a outra (parece que está confabulando) ou babando loucamente nos dedinhos.

- medimos boa parte do desenvolvimento motor pela brincadeira matutina com o móbile da cadeirinha. No começo do mês, dava o que fazer para levantar o bracinho na altura da argolinha. Quando batia, era meio por acaso. Daí conseguiu alcançar de propósito, seguido de encostar com a mão aberta. Agora, entendeu qual é o esquema da argola e segura no centro dela, com direito ao maior bico de concentração. Também puxa com muita força (chega a envergar o suporte – começo a duvidar que chegue inteiro aos 12 meses) e coloca a mãozinha na base do suporte.

- ainda sobre as mãozinhas, está sentindo o mundo, cada textura. Agora, quando vai mamar, a mãozinha não para um minuto. Seja fazendo carinho na mamãe, segurando roupas e até dando tapinhas. Quando pegamos ele no colo, dá beliscõezinhos ou fica passando a mãozinha de leve no nosso ombro ou pescoço (e é uma delícia!).

- a descoberta dos pés está a caminho. Por enquanto, os chutinhos que representam muita euforia também começaram a ser “aplicados” na banheira. Resultado: quarto todo molhado na hora do banho e um neném felizão.

- visão está mega muito melhor. Se reconhece no espelho. Dá risada e se mexe só para analisar.

- como visto no post anterior, gargalhar fora de casa não é mais novidade.

- descobriu que pode gritar, com direito a variações: grito-suspiro, grito-escandalinho, grito-teste. Cada dia tem um gritinho diferente, seguido de uma “palavrinha” nova.

- nem tudo são flores e hoje ele estranhou uma pessoa pela primeira vez, para susto de todos. Tentamos descobrir o motivo, mas o fato é que o choro veio do nada e custou a passar. Esperamos que não aconteça novamente tão cedo.

Pode vim quarto mês, que a gente quer ver essa cabecinha 100% durinha, logo, logo!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Vídeo: Gargalhadona do Pedro


Este fim de semana, o Pedro deu maior show na visita aos parentes de Ourinhos. Distribuiu gargalhadona a mil. Pelo jeito de agora em diante vai ser assim todos os dias. Olha só o que conseguimos hoje depois do almoço, na casa dos avós:


Detalhe que coloquei o vídeo para ele ver e o chuchuzinho ficou no maior sorriso.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

A louca do estímulo

Ainda grávida, me joguei na busca por brinquedos que pudessem estimular o Pedro desde bebezinho. Acessei várias lojas virtuais e nada. Mas estava buscando no lugar errado...
Ontem passei a fazer parte do grupo “Montessori para mamães”, no facebook. O método Montessori é apenas um dos muitos métodos de educação. Não defendo um ou outro, mas sim o equilíbrio entre tudo o que eles tem de bom. Acabei estudando um pouco disso na pós de Docência em Gastronomia e é um assunto bem interessante, especialmente quando chegamos na fase de escolher a escolinha (ainda tem tempo, não vamos sofrer por antecipação). Por enquanto a liberdade e interatividade pregada por Maria Montessori vem muito a calhar e divido aqui algumas divas excelentes tiradas do grupo:
Primeiro, o quarto – cheio de cor (o contraste é bem mais interessante para eles que as cores pastéis) e com os brinquedinhos bem à mão. Não precisa de grandes investimentos e móveis feitos sob medida. É mais questão de criatividade materna, mesmo, hehehehe



Não estranhe! Ambiente montessoriano não tem berço. Tem colchão no chão!


Brinquedinhos – móbile. Você pode gastar os tubos num barulhento da Fischer & Price (que te garante 20 minutos para tomar banho, ufa!!), ou usar o que tem em casa para montar um simples, mas que tem o que sei filho precisa, que é barulhinho, superfícies gostosas de apertar e morder (daqui alguns meses, no nosso caso).


Tem muito mais sobre brinquedos, mas deixo aqui mais uma opção bem bacana: um tapete sensorial feito em casa.


Essa do espelho é bem legal! Já tivemos uma ótima experiência com o Pedro que ficou enlouquecido mexendo as perninhas e analisando cada movimento. "O espelho oferece a oportunidade de se ver e estudar o seu próprio reflexo, estudar seus próprios movimentos e conectar seus movimentos com o do reflexo, isso também ajuda a criança a controlar seus próprios movimentos."


Agora esse não tinha visto ainda e amei: meias-brinquedo. Incentivam a curiosidade e os movimentos naturais do bebê, como pegar o próprio pé. Não é uma lindeza?!


Livrinhos também são indicados desde cedo. No começo mais como brincadeira, depois eles pegam gosto. Alguém tem indicação de livrinhos para bebês?

Bem, se você se interessou, sugiro que pesquise, porque isso aqui é um resuminho bem do sem vergonha. O fato é que por enquanto o berço do Pedro está no nosso quarto, onde vai ficar por um bom tempo. Mas a mamãe aqui está bem louca olhando todas essas idéias e pensando no que aprontar no quartinho dele. Vai ter estímulo de qualidade e na medida certa, afinal demais também faz mal, né?!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Saco de arroz + saco de feijão


Fica todo feliz na hora de tirar a roupinha e fazer graça para ser examinado!

A cada mês a gente está lá na pedi, bem curiosos para saber a quantas anda o desenvolvimento do nosso filhote. E assim foi nossa consulta com dois meses e meio. Para começar, Pedro está com 60cm (nasceu com 50cm) e pesando 6.530kg (nasceu com 4.350). 

Daí que nós não somos de ficar procurando defeito no nosso filho, mas tínhamos algumas duvidinhas:

- depois da consulta do mês passado, notamos um caroçinho no topo da cabeça. É molinho e não mudou de tamanho. Segundo a pedi, é um hemangioma mas por ser pequeno, não precisamos nos importar. Tem muitíssimas chances de sumir sozinho. É só tomar os cuidados de sempre, porque é bem irrigado, então se bater, pode sangrar e tal. Mas quem em sã consciência vai bater na cabeça de um recém nascido, né?!

- travesseiro: até hoje não usamos. Ele dorme só sobre o cobertor dobrado (fica dentro de um “envelope”) para ficar mais quentinho, mas andei pensando que ao colocar ele de lado, a cabecinha fica um pouco para baixo, pois apesar de não ter pescoço direito, tem a distância normal entre o ombro e a orelha. Vamos passar a usar um travesseirinho baixo.

- olhinhos: achei que fosse loucura materna, mas de vez em quando, tinha a impressão de que o Pedro ficava meio estrábico. Segundo a pedi, até os seis meses, os olhinhos dele ainda não estão aqueeeeeela coordenação, então é normal ter essa percepção, às vezes.

- leite que volta: então... Não é todo dia, mas o leite volta aos montes, aos poucos, só leite, leite coalhado, só águinha... já deixamos o colchão do berço levantadinho para evitar problemas com refluxo e sabendo que o sfincter entre o esôfago e o estômago ainda não funciona aquelas coisas, deixamos ele em pezinho um tempo depois de mamar, cuidamos na hora de trocar fraldas, mas em alguns dias, voltou muita coisa, daí ficamos meio alarmados. Também teve dias que ele ficou incomodado com esse leite que volta. Tossiu, chorou um pouquinho, dava a impressão de ficar meio engasgado. A pedi passou um remédio que meio que auxilia a digestão. Leite que sai mais rápido, não volta. Mas para ser bem sincera, depois de pegar o remédio nas mãos, ler toda a bula e fazer uma pesquisinha básica, estou pensando seriamente em esperar mais uma semana para ver se as coisas não melhoram por si só.

Além de tudo isso, teve vacina. Já fizemos algumas pela rede pública, mas optamos por fazer a polivalente (que na verdade foi hexavalente, pois juntamos a segunda dose de hepatite B emais alguma que não lembro) particular. Essa é a que dão na perninha e pode deixar o neném meio dolorido. Diz a moça que a da rede privada é feita para não dar reação, só se ele for muito sensível, mesmo. Ok. Vou acreditar, hein!? Pedi para segurar no colo. Chorou pouquíssimo e assim que tirou a agulha, ofereci o peito. Mamou um tantinho nem por fome, mas para esquecer. Deu certo e passou rapidinho para alívio de todos =)

terça-feira, 12 de junho de 2012

Carta aberta em repúdio ao Cremerj

Fonte: Parto do Princípio

A Parto do Princípio é uma das entidades que assina esta carta aberta à sociedade.  Apoie esta causa você também, publique em seu site, blog, facebook e outras redes sociais.

Nós, médicos humanistas, enfermeiras-obstetras e obstetrizes, todos os profissionais, entidades civis, movimentos sociais e usuárias envolvidos com a Humanização da Assistência ao Parto e Nascimento no Brasil, vimos através desta presente Carta manifestar o nosso repúdio à arbitrária decisão do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ) de encaminhar denúncia contra o médico e professor da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Jorge Kuhn, por ter se pronunciado favoravelmente em relação ao parto domiciliar em recente reportagem divulgada pelo Programa Fantástico, da TV Globo.

Acreditamos estar vivenciando um momento em que nós todos, que atendemos partos dentro de um paradigma centrado na pessoa e com embasamento científico, estamos provocando a reação violenta dos setores mais conservadores da Medicina. Pior: uma parcela da corporação médica está mostrando sua face mais autoritária e violenta, ao atacar um dos direitos mais fundamentais do cidadão: o direito de livre expressão. Nem nos momentos mais sombrios da ditadura militar tivemos exemplos tão claros do cerceamento à liberdade como nesse episódio. Médicos (como no recente caso no Espírito Santo) podem ir aos jornais bradar abertamente sua escolha pela cesariana, cirurgia da qual nos envergonhamos de ser os campeões mundiais e que comprovadamente produz malefícios para o binômio mãebebê em curto, médio e longo prazo. No entanto, não há nenhuma palavra de censura contra médicos que ESCOLHEM colocar suas pacientes em risco deliberado através de uma grande cirurgia desprovida de justificativas clínicas. Bastou, porém, que um médico de reconhecida qualidade profissional se manifestasse sobre um procedimento que a Medicina Baseada em Evidências COMPROVA ser seguro para que o lado mais sombrio da corporação médica se evidenciasse.

Não é possível admitir o arbítrio e calar-se diante de tamanha ofensa ao direito individual. Não é admissível que uma corporação persiga profissionais por se manifestarem abertamente sobre um procedimento que é realizado no mundo inteiro e com resultados excelentes. A sociedade civil precisa reagir contra os interesses obscuros que motivam tais iniciativas. Calar a boca das mulheres, impedindo que elas escolham o lugar onde terão seus filhos é uma atitude inaceitável e fere os princípios básicos de autonomia.

Neste momento em que o Brasil ultrapassa inaceitáveis 50% de cesarianas, sendo mais de 80% no setor privado, em que a violência institucional leva à agressão de mais de 25% das mulheres durante o parto, em vez de se posicionar veementemente contrários a essas taxas absurdas, conselhos e sociedades continuam fingindo que as ignoram, ou pior, as acobertam e defendem esse modelo violento e autoritário que resulta no chamado "Paradoxo Perinatal Brasileiro". O uso abusivo da tecnologia contrasta com taxas gritantemente elevadas de mortalidade materna e perinatal, isso em um País onde 98% dos partos são hospitalares!

Escolher o local de parto é um DIREITO humano reprodutivo e sexual, defendido pelas grandes democracias do planeta. Agredir os médicos que se posicionam a favor da liberdade de escolha é violar os mais sagrados preceitos do estado de direito e da democracia. Ao invés de atacar e agredir, os conselhos de medicina deveriam estar ao lado dos profissionais que defendem essa liberdade, vez que é função da boa Medicina o estímulo a uma "saúde social", onde a democracia e a liberdade sejam os únicos padrões aceitáveis de bem estar.

Não podemos nos omitir e nos tornar cúmplices dessa situação. É hora de rever conceitos, de reagir contra o cerceamento e a perseguição que vêm sofrendo os profissionais humanistas. Se o CREMERJ insiste em manter essa postura autoritária e persecutória, esperamos que pelo menos o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (CREMESP) possa responder com dignidade, resgatando sua função maior, que é o compromisso com a saúde da população.

Não admitimos, não permitiremos que o nosso colega Jorge Kuhn seja constrangido, ameaçado ou punido. Ao mesmo tempo em que redigimos esta Carta aberta, aproveitamos para encaminhar ao CREMERJ, ao CREMESP e ao Conselho Federal de Medicina (CFM) nossa Petição Pública em prol de um debate cientificamente fundamentado sobre o local do parto. Esse manifesto, assinado por milhares de pessoas, dentre os quais médicos e professores de renome nacional e internacional, deve ser levado ao conhecimento dos senhores Conselheiros e da sociedade. Todos têm o direito de conhecer quais evidências apoiariam as escolhas do parto domiciliar ou as afirmações de que esse é arriscado – se é que as há.